Benefícios da Comunicação Não Agressiva
A comunicação não agressiva é uma habilidade importante em todas as áreas da vida. Ela vai além de padrões lógicos de comunicação e nos lembra da conexão que precisamos ter com as pessoas.
A partir desse conceito, podemos reduzir discussões familiares e brigas por conta de situações banais. Dessa maneira, reduzimos o desgaste emocional tanto para os outros quanto para nós mesmos.
A comunicação não violenta nos ajuda a escutar os outros e a nos expressar melhor.
Como ela surgiu?
Um psicólogo e pesquisador chamado Marshall Rosenberg (1934–2015) foi o idealizador do conceito, baseado nas falas de grandes líderes como Gandhi e Martin Luther King e na forma como eles transformavam um ambiente violento apenas pela prática da comunicação.
A partir daí, ele desenvolveu um livro no qual destrincha todas as habilidades de linguagem para que nós possamos manter o controle e não agir de forma violenta em momentos de estresse.
Como Praticar?
Para praticá-la, é importante que se sigam alguns passos:
- Ouvir e observar! Antes de reagir a qualquer situação, é importante observar e compreender o que está acontecendo. Considerando o contexto da pessoa, você consegue ouvir a mensagem que o outro tenta transmitir.
- Indagar. Procurar saber qual emoção está sendo transmitida para que se possa olhar de forma assertiva e explicar seus sentimentos de acordo com o que você realmente sente para, assim, não agredir ao outro nem a si.
- Compreender. Por trás de todo sentimento, existe algo de que a pessoa precisa. Se você expressar isso com consciência, suas necessidades podem ser atendidas de maneira surpreendente.
- Argumentar. Precisamos saber argumentar de forma clara, positiva e consciente. Se você souber explicar suas necessidades de maneira calma, as pessoas poderão compreendê-las da mesma maneira. Se tiver dúvidas, repita o processo claramente para que seu pedido seja entendido. Empatia é a base de tudo.
Seguindo tais passos, conseguimos agir de forma que o interlocutor entenda nossa mensagem como um acordo, e não como uma exigência.
Com isso, será possível fazer distinção entre observações e juízos de valor, entre sentimentos e opiniões, entre necessidades e estratégias ou entre pedidos e ameaças.
A aplicação dessa postura é sumariamente importante em qualquer contexto, principalmente, na comunicação com crianças e adolescentes, que, por muitas vezes, podem sofrer traumas futuros por conta de uma comunicação agressiva.
Outro aspecto importante da comunicação não violenta é jamais fazer julgamentos e comparações, pois decidir o que é certo e errado nem sempre cabe a você. Negar a responsabilidade do que diz é fácil, porém, conseguir se conscientizar e focar em seus sentimentos pode ser um caminho mais saudável.
Exemplos de Comunicação Compassiva
Observe o contexto sem julgamentos e identifique o motivo pelo qual tais atitudes lhe irritam. Compreender seus sentimentos e a necessidade por trás deles é importante para que você possa argumentar de maneira clara, sem gerar estresses ou brigas.
Um exemplo pode ser uma conversa sobre algum assunto polêmico. Explicar que o outro parece se irritar toda vez que falam sobre “x” assunto e isso o deixa triste. Falar que podem conversar e explanar seus pontos de vista mesmo que eles sejam diferentes e apenas conversar é uma boa maneira de resolver brigas.
Outro exemplo é explicar a um adolescente o motivo pelo qual você precisa que ele evite deixar a toalha molhada em cima da cama. Falar que você já pediu e ele se irrita faz parte da observação, explicar seu sentimento e os problemas de saúde que podem acontecer se ele continuar fazendo isso. Dizer que ficaria feliz se ele estendesse a toalha no varal pode ajudá-lo a ter seu pedido atendido.
Parece Muito Complicado?
O autoconhecimento é um processo de construção e desconstrução, dessa forma, é importante que você reconheça tais situações. Por outro lado, isso pode não ser muito intuitivo e exigir que você trabalhe da melhor maneira possível.
Para desenvolver tais habilidades, é preciso que você seja acompanhado por uma psicóloga especializada e habilitada. Assim, será possível superar quaisquer obstáculos que atrapalhem seu caminho.
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